Bem Vindos!

Este blog surgiu com o propósito de compartilhar algumas reflexões de textos teóricos desenvolvidas no âmbito do Programa de Iniciação à Docência de Língua Portuguesa da Universidade Federal de Mato Grosso. Pretende, além disso, tornar público os eventos por nós promovidos - desde o inicio do projeto(2010) - e ainda os que estão por acontecer.

IV Seminário Integrador do PIBID e II Seminário do Programa de Tutoria - março de 2012



Trabalhos Apresentados no IV Seminário Integrador do PIBID e II Seminário Integrador do Programa de Tutoria









HOMO MACHINALIS 

ROMEO, Ewerton Viegas – Bolsista Subprojeto da Licenciatura em Língua Portuguesa PIBID 
 UFMT
SANTOS, Michael Jhonatan Sousa – Bolsista Subprojeto da Licenciatura em Língua Portuguesa PIBID  UFMT
BELLO, Denize Dall’ – Coordenadora do Subprojeto da Licenciatura em Língua Portuguesa PIBID  UFMT
 (dallbello17@gmail.com)
 
O homem pós-moderno vive e relaciona-se com os demais orientado pelo ideal homo machinalis, por uma cultura do viver aceleradamente e, por isso, tende a não ‘viver’, de fato, e, a não relacionar-se com os ambientes a sua volta no sentido de envolvimento com o outro, posto que passa por eles sem notá-los, apressadamente. Este comportamento maquiníco transparece em todas as ações cotidianas dos indivíduos, como comer, dirigir, estudar e aprender. O objetivo deste trabalho é fazer uma reflexão sobre esta forma mecânica de construir relações com o entorno, observando em particular as relações comunicacionais estabelecidas em ambiente de sala de aula. Neste sentido, o presente texto não só nos ajudou a olhar as nossas próprias posturas, por vezes, automática, como também nos auxiliou a pensar sobre alguns modos de “desmecanização” dos padrões pré-programados que carregamos quando em situação escolar. Ciro Marcondes diz que o caráter blindado não deixa passar nada de mim para o outro e, na escola, ele se manifesta quando, por exemplo, ensinamos os conteúdos de Língua Portuguesa tal qual uma máquina.  Do nosso ponto de vista, só podemos aprender e ensinar quando deixamos de ser máquinas, isto é, quando passamos a sentir as pessoas, as circunstâncias e os ambientes. Em outras palavras, quando aprendemos a refinar a nossa comunicação, a nossa atenção em relação ao outro. Faz parte da prática do Subprojeto da Licenciatura em Língua Portuguesa – PIBID Cuiabá manter reuniões de estudos voltados para a comunicação, a língua e o corpo. Esta reflexão nasceu, portanto, da conjugação das leituras propostas a nós, os bolsistas, do contato com os alunos durante as aulas da disciplina Língua Portuguesa no 1° ano do Ensino Médio da escola Raimundo Pinheiro e do nosso desejo de relacionar o que capturamos nestes dois diferentes ambientes.

PALAVRAS-CHAVE: Máquina; envolvimento; comunicação.



CÂMERA FOTOGRÁFICA: A EXTENSÃO DO MEU CORPO

SALES, Fernanda Negro – Bolsista Subprojeto da Licenciatura em Língua Portuguesa PIBID UFMT
SILVA, Neriely Dantas – Bolsista Subprojeto da Licenciatura em Língua Portuguesa PIBID UFMT
BELLO, Denize Dall’ – Coordenadora do Subprojeto da Licenciatura em Língua Portuguesa PIBID UFMT (dallbello17@gmail.com)
 
As descobertas científicas do século XXI têm mudado a concepção do processo de tradução e interpretação das imagens “fotografadas”. A representação que o sujeito faz das imagens tanto está vinculada às relações estabelecidas entre os neurônios e seus impulsos que compõem o corpo, como também às novas tecnologias de linguagem binária. Os sentidos não são partes, nem estão completamente centralizados no cérebro; o corpo lê. A ideia é – num primeiro momento - refletir sobre como são traduzidas as imagens construídas pelo sujeito e como as metodologias e as máquinas trabalham para objetivar o que a princípio é uma construção subjetiva. Para isso, nosso modo de agir incluirá diversas leituras e percepções de teóricos da imagem e da comunicação. Elegemos o contexto da Escola Raimundo Pinheiro, mais especificamente, alunos do ensino médio, com quem no segundo semestre deste ano pretendemos desenvolver oficinas de fotografia. Neste simples experimento utilizaremos o conceito de imagem como uma simbolização individual e coletiva para desenvolver nos grupos, a noção de que: a) a imagem não é um produto; b) vivemos o excesso das imagens (tudo pode ser fotografado); c) a leitura de uma fotografia é tão variada quanto são os leitores; d) certamente, o comportamento de excesso é estimulado pela tecnologia; d) também escrevemos com luz; e) o corpo é produtor e receptor de imagens. Esta proposta de trabalho em fase claramente inicial surgiu durante as discussões do grupo de estudos do Subprojeto da Licenciatura em Língua Portuguesa – PIBID\Cuiabá que tem como temas de interesse a comunicação, a língua, a imagem, a cultura digital, entre outros. Podemos desde já assumir a seguinte hipótese: talvez, e o mais importante que poderá ocorrer nestas oficinas, será o de ensinar aos participantes e de também aprender com esta prática o ato de se esvaziar da grande quantidade de imagens produzidas pela cultura atual.
PALAVRAS-CHAVE: Corpo; imagem; excesso.


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